sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Lembranças de um Festival Literário

Participando de um festival literário que homenageou Cecília Meireles,  me identifiquei com um grupo de escritores que compuseram uma banca, a fim de compartilhar suas experiências profissionais.

Embora escrever seja sim, a carreira profissional de cada um deles, em nenhum momento, o estilo de cada fala ou ainda, o tom utilizado em suas narrativas foi técnico, científico, de cunho econômico, etc. Ao contrário, quando me dei conta, enquanto os ouvia, eu estava em outros lugares, como se fosse outra dimensão. Isso porque, ao relatarem sua infância, primeiro como ouvintes de histórias, depois, como leitores e por fim, escritores, fui, por cada um deles, levada a vivenciar de uma forma quase palpável, cada uma de suas experiências.

A leitura, ou poderia dizer, o campo literário tem esse poder: o de nos fazer transcender, ir além do lugar físico que estamos ocupando e visitar qualquer lugar do mundo.

Uma fala extremamente importante não foi negligenciada, a de que a leitura forma pessoas críticas e bem articuladas. De fato, através dela, aprendemos a falar melhor e a defender melhor nossas filosofias de vida, nossos valores e princípios. Além do prazer e sensação de liberdade que a leitura nos traz, ela é fonte de informação, crescimento e desenvolvimento intelectual.

Se a sociedade atual se caracterizasse pelo gosto à leitura, a condição social, política e econômica do país não estariam tão mal. Certamente, a prática da leitura forma pensadores, cidadãos reflexivos, questionadores e com sede de conhecimento; já que, quanto mais sabemos, maior é nosso interesse em continuar aprendendo e descobrindo o mundo e suas diversas culturas, pelas páginas de um bom livro.

Talvez, as mudanças e reformas políticas, sociais e até religiosas pelas quais a população vem, há alguns anos, clamando, pudessem ser realizadas por essa mesma população, de forma coerente e pacífica, caso ela se tornasse uma exímia leitora. Autônoma, portanto, em seus conhecimentos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Legalização do Bom Senso

Sou pedagoga.

Escolhi a pedagogia, não simplesmente por reunir os atributos necessários para executar tal função com excelência ou pelo apreço e interesse que possuo no que tange ao desenvolvimento cognitivo infantil. Ou seja, não por motivo de carreira somente. Escolhi a pedagogia, acima de tudo, porque acredito na educação.

Acredito que a educação é o instrumento que tem o poder de sanar, não alguns, mas TODOS os problemas sociais que o Brasil, há tantas décadas, vem amargando. Utópico? Talvez. Mas sigo acreditando.

De uma forma geral, posso dizer que não acredito em políticos, não acredito em política, não acredito em todas as igrejas que tem o nome de cristãs, apesar de ser cristã, já há oito anos; também não acredito em todos os líderes que estão à frente das igrejas cristãs ou chamadas cristãs, não acredito em todas as ONGs... Enfim. Crer, nesses tais, tempos modernos, é realmente um desafio.

Mas eu creio na educação.

Vivemos num tempo em que podemos observar e constatar: o mundo passou por mudanças e avançou de forma extremamente significativa e válida. No âmbito da tecnologia da informação e medicina, não há o que contestar. Mas, e quanto a condição humana, quantos avanços podemos contar nela dos chamados tempos antigos até hoje, no empolgante  século XXI?

As pessoas tem se deixado levar pelo passar dos anos como quem se deixa, de fato, ser levado. Sua consciência, seus princípios, suas crenças e valores tem se esvaído junto com o tempo. Sim, porque, vício é vício em qualquer tempo, em qualquer época, em qualquer era. A dependência química é maléfica em qualquer tempo, em qualquer época, em qualquer era. Fins medicinais? Ainda não assisti a manifestações de médicos em prol da legalização da tal ‘plantinha’ natural. E, caso aconteça, não penso que tal reivindicação, juntamente com as motivações da classe de “doutores” dariam suporte para que ela fosse consumida de forma aleatória e frequente por qualquer pessoa maior de dezoito anos e que seja integrante da classe média alta.

Digo, será que quem está lutando para que ela seja liberada, está se lembrando do valor dos impostos que são cobrados neste país, até no pãozinho da padaria? Quanto mais num cigarro de maconha. Quanto não passará a valer nos bolsos dos usuários, esse vício? Os menos favorecidos, economicamente falando, podem começar a planejar furtos de pequeno e grande porte, se quiserem manter sua cabeça “feita”.

Há discussões das quais jamais pensei ser  informada, como sendo concretas dentro das paredes do congresso nacional. Jamais! Estão impondo (e muito!) vontades, impulsos e ideologias pessoais, aos princípios de todos. Quando se fala em legalizar algo, há que se pontuar toda a sociedade, até mesmo as gerações futuras de tal sociedade. Uma vez que o que se decide hoje, perdura por muitos e muitos anos. Exemplos na nossa história não faltam.

Mas então, de repente se mostra tão normal que se pense na liberação do uso, do fumo de uma droga que causa dependência química/psicológica e ainda, de repente ignora-se seus malefícios, com o simples argumento de que ela é natural.


Tão natural como a combustão causada pelo álcool em contato com uma faísca: naturalmente danoso.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dignidade X Rebelião

Durou 45 horas a rebelião que aconteceu numa penitenciária do Paraná, na cidade de Cascavel. A razão pra que ela fosse desencadeada seria a superlotação das cadeias e os rebelados estariam exigindo a transferência de mais da metade dos presos para outra penitenciária.

Deixando de lado a condição do sistema carcerário brasileiro e todas as questões sociais e legislativas que o envolvem, algo na notícia que trata do ocorrido em Cascavel, de uma forma especial, me chamou atenção. Trata-se de um detalhe que foi divulgado pelo site UOL a respeito dos detentos: "Com grito de guerra eles pediam por dignidade."

É fato e, os familiares dos presos nem precisariam ter entrado em detalhes no vídeo que consta na matéria, que os presidiários no Brasil sofrem maus tratos por parte de alguns agentes, pagos para exercer autoridade sobre eles. Às vezes há o abuso dessa autoridade e os condenados (ou simplesmente detidos) sofrem, desde agressões físicas, a psicológicas. É fato também, que a superlotação não deveria existir e, o estado deveria sim, se preocupar com isto.

Entretanto, ao queimar colchões, fazer reféns, jogá-los do telhado do presídio e até decapitar pessoas durante rebeliões como esta, os presos estão justamente reforçando a ideia de selvageria com a qual, muitas vezes, são tratados. Estão mostrando que não são dignos.

Porque dignidade não se conquista com ações de rebeldia ou agressividade, mas na vivência civilizada, no trabalho, na educação, no convívio social pacífico e no exercício da cidadania.

Alguns deles poderiam reclamar a falta de oportunidade de trabalho e até da própria educação citados acima. Porém, existe uma oportunidade que, independentemente da ausência de outras, não deveria ser aproveitada: a de cometer crimes. Para toda ação, há uma reação... Se estão submetidos ao sistema prisional brasileiro (que, sejamos honestos, não recupera ninguém) é porque um dia, direta ou indiretamente, fizeram algo para merecer a cadeia.

Uma vez presos, a lista de privilégios não é curta e, tantos cidadãos de bem, trabalhadores, desempregados ou idosos neste país, não gozam da prática dos mesmos direitos que eles, que vai, desde assistência médica/odontológica, passando por direito a recreação e chegando no extremo: auxílio - reclusão, no mesmo valor do salário mínimo! O que nos faz ficar gratos, pois aquele, há alguns anos atrás, era superior a este. Ou seja, a situação econômica da família de um criminoso, estava acima da situação econômica da família de um trabalhador honesto. Concluindo, alguém que lesou a sociedade física ou moralmente, acaba tendo salário pago por essa mesma sociedade!

Embora o valor do auxílio tenha sido reajustado e baixado de R$ 971,78 em 2013, para os 724 reais do salário mínimo, ainda há muito o que ser feito para evitar crimes e rebeliões num país com tantos valores invertidos e leis passíveis de reformas.

sábado, 21 de junho de 2014

Muito além de dinheiro

Ver o preço que foi pago pelos brasileiros para que a copa do mundo/2014 acontecesse aqui, esfria em nós a vontade de torcer pela seleção.
Deixando de lado as suspeitas de corrupção quanto aos gastos nas construções dos estádios, vidas [quase invisíveis] foram tristemente humilhadas e rebaixadas ao nível da indigência em função desse chamado "entretenimento popular".

Possíveis 250 mil pessoas desabrigadas, 9 mortes de operários e vários feridos, nos deixam na boca o gosto amargo da vergonha. Alheia? Talvez não devesse ser tão alheia assim. Talvez seja um tempo oportuno de chamarmos para nós a responsabilidade e nos compadecermos pela dor do outro. Talvez, aqueles que conhecem o verdadeiro sentido e valor de um protesto, bem como a forma correta de fazê-lo, não devessem ter desistido só porque, em campo, o juiz deu início à partida.

A pouca ênfase que foi dada às mortes dos operários nas construções dos estádios é de um descaso sem precedentes. Além disso, as famílias das vítimas foram obrigadas a conviver com as "pérolas" ditas pelos nossos esportistas aposentados, se referindo a esses tristes episódios como sendo algo banal, sem importância. Fica claro que, se a seleção brasileira for campeã, não vai ser assim tão empolgante ver a taça ser erguida pelo capitão da equipe, uma vez que, o "pano de fundo" não compensa.

Voltando às desapropriações, segundo a nossa constituição, as razões que podem levar um cidadão brasileiro a ter que se desfazer de sua propriedade com direito a JUSTA e PRÉVIA indenização, tem a ver com necessidade pública, utilidade pública ou interesse social. Penso, repenso, reflito e concluo: a copa do mundo não se encaixa em nenhuma dessas justificativas. Muito pelo  contrário! Necessidade, interesse e utilidade temos com respeito a dois pontos demasiadamente falados e discutidos: educação pública de qualidade e saúde pública digna. Discussões que não levaram a qualquer solução ou possibilidade de investimento nessas áreas: os impedimentos (sejam eles quais forem) se puseram acima das necessidades básicas da sociedade.

Só nos resta assumir que, algumas coisas ruins acontecem porque o povo não sabe a força que tem.

domingo, 8 de junho de 2014

Patriotismo [mais do que] Superficial

Mais um "cristo" foi crucificado pela performance no hino nacional brasileiro. A bola da vez foi o cantor Thiaguinho. Amistosos da seleção à vista, é a hora de honrarem cantores populares com o convite: "cante o hino antes da partida".

Eu não sei o que esses críticos acham de tão absurdo em algum artista cantar o hino nacional de uma forma ruim, na "soberana" opinião deles. Não sei que tipo de valor estão tentando expor em relação à nossa pátria amada, Brasil, ao enxovalhar os caras de ofensas por causa disso. Se começarmos a falar de cidadania, desde o ato de jogar lixo na rua, até alcançarmos seus mais altos níveis de demonstração, será que essa turma que, aparentemente, ama tanto assim nosso hino, passa no teste de patriotismo com louvor? 

Eu não ouço música secular e o Thiaguinho não é exceção. Agora, não é por isso que não reconheço seu talento; quer dizer, deixando de lado que nesse país, muita "coisa" ruim faz sucesso, ele mostrou que é bom, fazendo conhecida sua excelente técnica vocal num programa que julgava a capacidade de cantar dos participantes. Não tem que provar mais nada pra ninguém... 

Antes, teve Luan Santana [cuja voz me irrita]. Sinceramente, porque a implicância em relação ao hino nacional? Vi o vídeo de sua apresentação e não percebi qualquer diferença entre ela e o que ele faz normalmente, nas músicas de seu repertório. Nem por isso ele é bombardeado de grosserias diariamente em razão do seu... Timbre, digamos assim. Ao contrário, é outro cujos shows estão sempre lotados.

Penso ser a arte de engolir camelo e engasgar com mosquito, se incomodar com algo assim.








sábado, 7 de junho de 2014

Momento "orgulho de ser brasileiro"!

Depois de tantas histórias humilhantes vivenciadas por brasileiros no exterior, depois de a rede globo, há alguns anos atrás, mostrar uma realidade triste e vexatória sobre a tentativa desesperada de brasileiros que arriscavam suas vidas a fim de entrar nos EUA, para limpar o chão do banheiro dos americanos ou lhes servir a mesa, vivemos em um novo tempo do qual podemos nos orgulhar.

Se gloriar da desgraça alheia, não. Portanto, aqui, deixo de lado os detalhes da atual crise norte americana e européia para falar de nós, enquanto povo, e das nossas autoridades que, antes tarde do que nunca, tem valorizado esse povo e, por fim, começam a tentar cuidar dele.

Em 19 de agosto de 1980 foi criada a lei 6.815, também chamada de "Estatuto do Estrangeiro", que define as normas que condicionam a entrada e permanência de estrangeiros em território nacional. Nesse documento já constava um artigo que determinava a não concessão de visto ao estrangeiro condenado ou processado em outro país por crime doloso, e que o mesmo, seria passível de extradição.

Ok. Mas, aqui entre nós, se fizermos uma pesquisa (sim, eu a fiz) não encontraremos registros de estrangeiro que foi extraditado no Brasil. Inclusive, o fato de ser necessário visto e permissão prévia para conhecer nossas belezas naturais é uma informação desconhecida da maioria dos brasileiros. Nunca se ouviu falar de qualquer tipo de obstáculo para que os "de fora", pudessem desfrutar de tudo aqui. Muito menos o famoso visto; termo este, que já nos remete ao nome 'Estados Unidos da América'.

Mas esse dia chegou! E a causa é mais do que nobre!

A Polícia Federal barrou a entrada de um pedófilo americano em território nacional hoje, no aeroporto internacional do Rio. Tudo porque, em 22 de maio foi baixada uma portaria em razão do mundial de futebol desse ano, que acrescenta uma especificação ao artigo 7 do estatuto referido acima; o mesmo artigo que prevê extradição ao condenado ou processado fora do Brasil. A portaria se trata do crime de pedofilia, e acaba de fazer sua primeira execução com a deportação desse cidadão americano de 49 anos, cujo nome não foi divulgado, condenado por molestar um adolescente de 16 anos.

Não há como não aplaudir o desempenho da PF nesse caso, e não se sentir orgulhoso por mostrar a um estrangeiro, que nesta parte do continente americano também existem normas e autoridade competente para cumpri-las.

É um bom momento para gritar: "Isso é Brasil!!!"

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Nem só de Descrédito Vive um País

Acaba de ser aprovada a Lei Antifumo, que entrará em vigor no mês de dezembro. Ela vem proibir que se fume em locais públicos fechados e, até mesmo os fumódromos serão desautorizados a continuar em funcionamento. Não será permitido também fumar debaixo de marquises, pontos de ônibus e toldos.

É bom ver que coisas concretamente válidas também são feitas no congresso através do seu corpo de membros. Leis como esta fazem o povo se sentir notado e alvo da preocupação dos deputados e senadores eleitos, por mais utópico que isso soe. Vez ou outra, digamos que eles "dão uma dentro".

A Lei Antifumo já deveria ter sido aprovada há muito tempo, antes de o tabagismo passivo se tornar a terceira maior causa de morte evitável no mundo. Ora, quem quer se matar não enfrenta grandes obstáculos, especialmente quando se trata do cigarro: o filho de quem quer que seja pode ir à esquina e adquirir para seu pai ou mãe (ou para si, se já completou seus quinze, dezesseis anos e já aprendeu essa forma pateticamente ignorante de "tirar onda" em alguma festinha). Em contrapartida, o governo demorou muito para pensar no outro lado da questão: aquelas pessoas que não são adeptas a tal vício, mas que, ainda assim, sofrem os danos dele.

Me lembro de, várias vezes, ter me sentado em ponto de ônibus (com ou sem marquise) e ter tido a oportunidade de assistir a cara de pau de um desses indivíduos (os ativos, não os passivos) em ascender um cigarro ao meu lado, sentado ao meu lado e próximo a muitas outras pessoas que estavam em pé em redor. É o ápice do desrespeito e do desprezo pelo outro. Entrar em detalhes sobre o mal cheiro da fumaça e o quanto ela incomoda é desnecessário. Isso, sem contar aqueles momentos em que estamos a sós com alguém que, bem como nós, não está fumando e de repente, "do nada", aquela "fragrância fedorenta" alcança nosso olfato... O fim da história é que, ao girarmos a cabeça para descobrir de onde veio, encontramos alguém que mal podemos enxergar direito, dada a grande distância, com um cigarro aceso na mão. A fumaça dessa droga tem um poder de expansão sem igual!

Enfim, investigação de improbidade administrativa à parte, nosso médico/ministro Arthur Chioro, mandou bem.

sábado, 31 de maio de 2014

BRASIL: onde não se pode bater, mas se pode matar

Mais uma lei para tentar mostrar que o governo está fazendo alguma coisa em prol do povo brasileiro já foi aprovada. É a Lei da Palmada.
Se trata da proibição de qualquer forma de castigo físico aos menores de 18 anos, que possa ser aplicado por seus pais ou responsáveis legais. As incoerências são muitas e não tem nada a ver com a Xuxa. Só pra variar, nossa pátria amada (sim, ela é!) se mostra contraditória quanto à exposição de seus princípios através dos nossos (não tão amados) legisladores.

Este é um país onde volta e meia se debate a legalização do aborto em plenário, onde os mesmos adolescentes que, agora, já não podem ser submetidos à palmadas vindas dos seus pais, estão a mercê de morte com requintes de crueldade em razão do tráfico de drogas. Destino esse, que  dizem ser a única sentença "disponível" para quem "trai o sistema", em se tratando do tráfico. Temos policiais criminosos que negociam com tal classe de bandidos e o governo quer vir "meter o bedelho" dentro das casas dos cidadãos de bem? Em um país onde a banalização da vida é cada vez mais evidente e quase promovida, midiaticamente falando?

[Faz-nos rir, caros legisladores! Belíssima preocupação com as crianças e adolescentes do Brasil!]

É notável, que se tal demonstração de valor fosse real, o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente - teria TODOS os seus artigos rigorosamente cumpridos, desde sua instituição, há quase vinte e quatro anos atrás. Uma lei linda, quase romântica, mas que nunca saiu completamente do campo teórico.

O que nossos deputados e senadores pretendem com isso, além de conquistar os votos da classe artística, não ficou claro. Por falar em tal classe, é de fazer rir ver os pais e mães famosos que ferrenhamente defendem essa lei e fazem campanha a favor dela, quando são vistos chegando em qualquer evento, pequeno ou grande, acompanhados daquela que sempre desce do carro primeiro: a babá (às vezes duas, depende da quantidade de filhos). Esses pais não sabem o que é educar de fato, pois, para isso, demanda-se mais tempo livre do que o que eles dispõem. Dizer a uma funcionária ou aos pais "comuns" para não usarem o artifício da palmada na correção dos seus filhos é muito fácil, perto de passar horas e horas vendo os níveis de rebeldia que uma criança ou um adolescente podem alcançar.

Não adianta o Fantástico colocar no ar uma matéria de pouco mais de cinco minutos, respaldando a opinião da rainha dos baixinhos através de depoimentos de pessoas que foram agredidas de forma abusiva durante a infância e afirmam (evidentemente), que hoje não desfrutam de qualquer benefício quanto a isso. Noventa e cinco por cento dos brasileiros são contra essa lei e não são poucos os que afirmam ser gratos a seus pais pelas palmadas que "sofreram" na infância e que, há sim, aspectos positivos em seu caráter que foram adquiridos por causa delas.

Outra incoerência sem tamanho é o novo nome atribuído a essa lei: "Menino Bernardo". Falando em forma de agressão, é como ter a inteligência agredida tomar conhecimento de uma comparação esdrúxula como essa: a correção de alguém que ama e a ação de um casal de prováveis assassinos frios que desprezaram e muito, uma criança de onze anos, ainda antes que ela fosse assassinada, muito provavelmente por eles. É simplesmente ridículo imaginar que este casal - caso fique mesmo provado sua autoria - ou aquele tal casal Nardoni, estariam dispostos a voltar atrás na sua conduta cruel e desumana por causa de uma lei como essa. É afirmar que quem está disposto a matar, mudaria de ideia por causa de uma lei que proíbe bater.

Trocando em miúdos, é óbvio que os espancadores e abusadores de crianças, (lembrando que, a isso não se dá o nome de correção por meio de palmada), não vão mudar de postura por causa da aprovação dessa lei! Existe punição prevista em lei aprovada há muito tempo, para quem violenta de variadas formas, crianças, adolescentes, adultos, idosos, ou seja, cidadãos em geral. Isso me faz lembrar a debatida PL122, que prevê punição específica para quem agredir ou constranger homossexuais... Ora, não são eles cidadãos como qualquer outro, com os mesmos direitos civis (agora, até de união estável)? Pena por agressão a quem quer que seja já existe; porque razão eles não podem apenas se enquadrar nela?

E quanto a luta pela redução da maioridade penal? Quer dizer, os pais não podem aplicar sua disciplina, mas as autoridades do estado podem encarcerar?

Por fim, prevejo "cenas" baseadas em fatos reais de meninos e meninas apontando o dedo na cara de seu pai ou mãe com ameaça na ponta da língua: "VOU CHAMAR A POLÍCIA PRA VOCÊ...!"; uma vez que a incoerente lei, recém aprovada, ampara as "criancinhas até os seus dezessete aninhos e onze meses" de idade.

Se antes dessa vigência já não estava fácil lidar com a ousadia deles, bem-vindos ao nível 'impossível'.

Ficamos assim então: não à palmada, mas ao aborto, receio que ainda caberá discussão.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Fazendo Jus à Lei

Quem disse que lei no Brasil não "sai do papel"? 

Ainda não se passaram sessenta dias desde a aprovação do Marco Civil da Internet e a Polícia Federal já vai abrir inquérito a fim de investigar grupos ou indivíduos no facebook que são acusados de atacar o partido que preside o governo federal atualmente.
A legenda e o ex-ministro Fernando Pimentel foram os autores da denúncia ao TRE de Minas.
Entre outras características, as leis apresentadas como argumento para que fossem abertas as investigações falam de "ofensa à dignidade".

A livre manifestação de pensamento "garantida" pela constituição, de fato, não existe mais. A internet foi o único meio de comunicação em massa onde, durante um longo espaço de tempo, foi possível ao brasileiro desabafar sobre uma REAL ofensa à sua dignidade. Tantas injustiças (que não acabarão só por coibirem a opinião pública) que o povo tinha que se fazer ouvir de alguma forma. E fez-se. Tanto que sua indignação chegou ao conhecimento do alvo de suas críticas, dando vazão à censura que, timidamente (ou não), vem alcançando nossa "democrática república" e, aos poucos, calando nosso povo.

Quando algum partido político brasileiro, tem a ousadia de fazer acusações a qualquer cidadão nato sob argumento de ofensa à dignidade, ele consegue inspirar crônicas, músicas, poesias, etc, etc, etc... É quando a palavra 'incoerente' não é o suficiente para definir, não mesmo! É chover no molhado citar as condições de trabalho da classe de professores das redes públicas e a responsabilidade que o governo federal (independentemente do partido) tem, e sempre teve em relação a isso. Seria enfadonho lembrar que a impunidade não é "privilégio" da comunidade LGBT, mas que tantas famílias perderam entes queridos assassinados por bandidos, ou mortos em função da infra estrutura precária dos hospitais públicos desse país e nada, absolutamente nada se fez ou se faz para resgatar a dignidade dessas pessoas, ou ainda, levá-las a pensar em coisas boas para escrever nas redes sociais a respeito dos governantes.

Porque não se pode criticar um governo quando este não atende às necessidades do povo que o elegeu? Porque proibir algo que o próprio governo garantiu? E mais, porque não focar antes, na postura de quem está sendo atacado, do que nas fundamentações de quem ataca?

Bom, o fato é que já foi criada uma lei para que essas perguntas não exigissem qualquer resposta. Uma lei para que elas sequer fossem tidas como pertinentes ou motivo para reflexão. A lei que encerra as falas, sem antes dar a elas significância ou autonomia.

Se eu luto pelo direito de falar mal? Se assim aparentar, defendo o direito de quem assim nomear. Mas descrevo que luto pelo direito de me expressar, afinal, eu tinha apenas três anos de idade quando ficou determinado que era LIVRE a manifestação de pensamento e, se isso não for levado em conta, mais passível de críticas se fará o governo atual.

Em suma, pode-se constatar que, se de um modo geral as leis no Brasil não saem do papel, isso não é mais do que uma questão circunstancial.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O 'Não' à Opinião

ENFIM, RACHEL SHEHERAZADE FOI PROIBIDA DE OPINAR NA BANCADA DO JORNAL DO SBT. MAS NÃO OUVI DIZER QUE DENTRO DE SUA CASA OU NUMA REUNIÃO ENTRE AMIGOS, ELA TAMBÉM NÃO PODERÁ FALAR O QUE PENSA E O QUE VÊ NA SOCIEDADE E NA POLÍTICA DO PAÍS. ISSO SIGNIFICA QUE O PROBLEMA NÃO ESTÁ EM ELA SE EXPRESSAR, MAS SIM, NO FATO DE “EXPOR SUA EXPRESSÃO PUBLICAMENTE". COLOCAÇÃO ÓBVIA A MINHA, ALÉM DE REDUNDANTE? PARA ALGUNS, TALVEZ. MAS PARECE QUE A POPULAÇÃO, DE UMA FORMA GERAL, NÃO TEM CLARA CIÊNCIA DISSO: A CENSURA NO BRASIL É REAL.

RACHEL SHEHERAZADE, QUANDO OPINAVA (TRISTE, CONJUGAR ESSE VERBO NO PASSADO, SOBRETUDO SE REFERINDO A ELA) REPRESENTAVA O POVO, EM SUA MAIORIA, EM SUA GRANDE E ESMAGADORA MAIORIA. LOGO, ACABOU POR “ESMAGAR” OS ARGUMENTOS DO GOVERNO E, COMO UMA MÃE QUE ORDENA QUE O FILHO SE CALE QUANDO ELA NÃO CONSEGUE MAIS ELABORAR RESPOSTAS PARA OS QUESTIONAMENTOS DELE, NOSSA DESTEMIDA ÂNCORA, FAZENDO AS VEZES DESSE FILHO, FOI OBRIGADA A SE RESGUARDAR QUANTO À SUA VISÃO INTELIGENTE E INDIGNADA DAS INJUSTIÇAS SOCIAIS E DA SOCIEDADE COMO UM TODO.

DIANTE DISSO, APRENDEMOS QUE O GRANDE “MAL” QUE UM CIDADÃO BRASILEIRO PODE CAUSAR NÃO É FALAR OU TER OPINIÃO SOBRE O QUE QUER QUE SEJA: O POVO PRECISA ENTENDER QUE O QUE FAZ DIFERENÇA É TORNAR MANIFESTO O QUE ELE SABE. MESMO QUE SEJA UM “CONHECIMENTO DE POVO”, POPULAR, PORTANTO. É OUVIDO E TEM VALIDADE.

SE FAZ ENTÃO, MAIS DO QUE INDISPENSÁVEL, SABER. DA FORMA MAIS AMPLA E SEM RESERVAS QUE ESSE TERMO POSSA SIGNIFICAR. ESTUDAR, LER, SE INFORMAR, DESENVOLVER UM SENSO CRÍTICO E UM NÍVEL DE PERCEPÇÃO AGUÇADA QUANTO À SOCIEDADE, À POLÍTICA, ÀS RELAÇÕES ENTRE UMA E OUTRA E ESPECIALMENTE, APRENDER A ENXERGAR E ANULAR A CORRUPÇÃO DENTRO DE SI MESMO. EMBORA SEJA DA NOSSA NATUREZA SE DEIXAR CORROMPER, DE NADA ADIANTA TERMOS OU ANTES, REIVINDICARMOS GOVERNANTES E LEGISLADORES EXEMPLARES, SE A PRÓPRIA SOCIEDADE NÃO REFLETIR ISSO ENTRE SEUS MEMBROS. A “CARA” DE UM PAÍS É CONSEQUÊNCIA DA POSTURA DO SEU POVO, NÃO DOS SEUS GOVERNANTES. EXEMPLO PRÁTICO: SE A POPULAÇÃO NUNCA SE EDUCAR QUANTO AO LUGAR CORRETO DE JOGAR O LIXO, NÃO IMPORTA QUE SANTO VENHA PRESIDIR O PAÍS OU OS CARGOS MINISTERIAIS, OS PROBLEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO E DA POLUIÇÃO DOS RIOS, MARES E DAS VIAS PÚBLICAS JAMAIS SERÃO SANADOS.

A TELEVISÃO É UMA MÍDIA CONTROLADA PELA POLÍTICA. O QUE ACONTECEU COM RACHEL SHEHERAZADE É SÓ MAIS UMA PROVA DISSO. MAS FORA DAS MÍDIAS E, COMO JÁ FOI CITADO, DESDE O PRÓPRIO COMPORTAMENTO, O CIDADÃO PODE E DEVE SE FAZER OUVIR E, O MAIS IMPORTANTE, FAZER VALER SUA VOZ E SUAS ATITUDES QUANTO ÀS MELHORIAS SOCIAIS E LEGISLATIVAS DE QUE O PAÍS REQUER, PARA SER CAPAZ DE OFERECER UMA VIDA MAIS DIGNA A TODOS.

O MARCO CIVIL DA INTERNET TAMBÉM JÁ FOI APROVADO, O QUE NOS APONTA PARA O FATO DE QUE TEXTOS COMO ESSE NÃO DEVEM PERMANECER MUITO TEMPO ACESSÍVEIS. PREVEJO UM TEMPO EM QUE SÓ VAI NOS RESTAR A JANELA DA NOSSA CASA – AO MENOS PARA AQUELES QUE NÃO FORAM DESABRIGADOS PARA AS OBRAS DA COPA – E NOSSOS GRITOS ATRAVÉS DELA.

QUE POSSAMOS LANÇAR MÃO DE TODO E QUALQUER ARTIFÍCIO LEGAL (ENQUANTO ELES NÃO SE EXTINGUIREM) A FIM DE, MUITO MAIS DO QUE OPINAR, RELEMBRAR QUANTAS VEZES FOR PRECISO QUE NÃO APENAS TEMOS DIREITOS, MAS ESTAMOS DISPOSTOS A LUTAR COM CARTAZES E AÇÕES POR CADA UM DELES. INCLUSIVE O DIREITO DA LIVRE DA MANIFESTAÇÃO DE PENSAMENTO GARANTIDO NA CONSTITUIÇÃO, MAS NEM SEMPRE LEVADO EM CONTA POR AQUELES QUE DEVERIAM MAIS DO QUE TER CONHECIMENTO DO SEU CONTEÚDO, MAS PERMITIR O QUE ELA PERMITE E SÓ PROIBIR O QUE ELA PROÍBE.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Marco Civil da Internet: APROVADO!

Vamos ver até quando esse texto fica "por aqui"...

http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/04/senado-aprova-marco-civil-da-internet.html

EU ENTENDO O MARCO CIVIL DA INTERNET. MESMO. AFINAL, PUBLICA-SE NA REDE DE MANEIRA ABERTA E DAS MAIS VARIADAS FORMAS E PELAS MAIS DIVERSAS CLASSES SOBRE OS MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL, BEM COMO SOBRE OS EVENTOS (NEM SEMPRE APRAZÍVEIS) QUE OCORREM EM SUA GESTÃO. CITAÇÕES DE PESSOAS INFORMADAS, DESINFORMADAS, DE NÍVEL CULTURAL ALTO OU NÃO, PESSOAS QUE TEM NESSA PRÁTICA SUA FONTE DE RENDA, PESSOAS QUE NINGUÉM SABE QUEM É, MAS QUE TEM FEITO CONHECIDOS SEUS TEXTOS OPINATIVOS (OU “OPINIÚDOS”) A RESPEITO DA GESTÃO DE GOVERNO DO BRASIL ATUAL. EU ENTENDO QUE, EMBORA ESSES CIDADÃOS, QUE FAZEM QUESTÃO DE SE POSICIONAREM POLITICA E ECONOMICAMENTE NÃO ESTEJAM DESCOBRINDO A PÓLVORA, MAS JÁ HÁ BASTANTE TEMPO OS BLOGUEIROS, COLUNISTAS E BIÓGRAFOS ALHEIOS (ETC) ATUAM, CHEGA UMA HORA QUE CANSA E, QUANDO CANSA, É SÓ CRIAR UM LIMITE (OU MUITOS). MAS PARA QUE NINGUÉM DISCORDE, É SÓ MAQUIAR. FICANDO COM “CARA BONITA”, OU QUASE INCOMPREENSÍVEL, POPULARMENTE FALANDO, NINGUÉM VAI QUERER IR À FUNDO QUANTO AO CONTEÚDO.

EU ENTENDO O MARCO CIVIL PORQUE HÁ MUITO O QUE SER ESCRITO, OU DITO SOBRE NOSSOS GOVERNANTES, ACABA POR SER ENFADONHO LER TODO DIA A MESMA COISA. EMBORA SEMPRE TENHA ESPAÇO PARA SE AGRAVAR, O CENTRO DOS TEXTOS E DAS CRÔNICAS VARIA MUITO POUCO: CORRUPÇÃO, MENTIRAS, FINGIMENTO, QUANTO AO CLAMOR DO POVO: INSENSIBILIDADE E POR AÍ VAI. O GOVERNO DEVE ESTAR QUERENDO NOS POUPAR, LEITORES OCUPADOS QUE SOMOS E, CONTROLANDO SÓ ALGUMAS FORMAS DE EXPRESSÃO, TEREMOS MAIS TEMPO PARA NÃO LER, PARA NÃO SABER, PARA NÃO APRENDER, MAIS TEMPO PARA GASTAR SEM USAR. QUANTO MAIS DISTANTE DAS INFORMAÇÕES E OPINIÕES, MAIS PERTO DO VOTO CONSISTENTE E DETERMINADO EM CANDIDATOS QUE NÃO VÃO FAZER NADA ALÉM DE ENTRAR PARA AS ESTATÍSTICAS RUINS DA NOSSA HISTÓRIA POLÍTICA, NÓS VAMOS FICANDO.

É ABSOLUTAMENTE COMPREENSÍVEL A INSTITUIÇÃO DO MARCO CIVIL NUM PAÍS ONDE A MÁ ADMINISTRAÇÃO DO DINHEIRO PÚBLICO E DA COISA PÚBLICA ESTÁ NUM NÍVEL CATASTRÓFICO, QUASE SEM SOLUÇÃO. PARA QUE FALAR OU ESCREVER A RESPEITO DE UMA REALIDADE COMO ESSA? A QUEM ISSO INTERESSA? ENTENDO AS CENSURAS EM FORMA DE PROTEÇÃO EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU.

O QUE NÃO DÁ PRA ENTENDER É O MOTIVO PELO QUAL NÃO SE FAZ DIFERENTE. O LUCRO PESSOAL TÃO ACIMA DO COLETIVO E O DESPREZO POR SI MESMO QUANDO NÃO SE QUER MELHORAR SUA IMAGEM (OU AO MENOS TENTAR). AO INVÉS DE FAZER CALAR, PORQUE NÃO TRABALHAR PARA QUE UMA OUTRA VISÃO SE TENHA DE UMA ENTIDADE TÃO EM FOCO, TÃO VISADA COMO O GOVERNO DE UM PAÍS? O QUE NÃO HÁ COMO ENTENDER É ONDE SE QUER CHEGAR OU QUAL SERIA O OU OS OBJETIVOS DESSES GOVERNANTES QUE NÃO SÃO MAIS DO QUE LÍDERES DE SI MESMOS, DAS SUAS PRÓPRIAS CAUSAS, ÀS VEZES PARTIDÁRIAS, VAMOS DAR O BRAÇO A TORCER, MAS ÀS CUSTAS DA EXPECTATIVA E DO TRABALHO DO POVO. É INCOMPREENSÍVEL O PRAZER QUE HÁ (SE É QUE HÁ ALGUM) EM SER MAL FALADO, OBJETO DE FRUSTRAÇÃO E TER SEU NOME REPETIDAMENTE CITADO SENDO RELACIONADO COM UM DESCRÉDITO DESCOMUNAL.
NÃO SÃO AS BARREIRAS DIANTE DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO AS INCÓGNITAS, MAS SEUS AUTORES. AQUELAS SÃO PURA COERÊNCIA E NECESSIDADE REAL DE QUEM AS REQUER, JÁ ESSES, DESAFIOS PARA QUALQUER PENSADOR, UMA VEZ QUE NA GANÂNCIA DESMEDIDA DE QUERER OBTER ATÉ O QUE NÃO É LEGALMENTE ACESSÍVEL, SE ESQUECEM ATÉ DE SI E DE SUA DIGNIDADE HUMANA.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Não vai adiantar torcer: o Brasil já perdeu!

"Pelé, o jogador mais importante da história do Brasil, causou polêmica nesta segunda-feira ao dizer que considera “normal” a morte de um operário no final do mês passado na Arena Corinthians, conhecida popularmente como Itaquerão [...]. Para ele, o que preocupa em relação ao Mundial é a situação dos aeroportos do país."

http://brasil.elpais.com/brasil/2014/04/07/deportes/1396905663_959728.html

ENTÃO É ISSO. É A QUE NOS ACHAMOS REDUZIDOS NO SENTIDO DAS PALAVRAS DESSE REI DE ALGUNS: MEROS “BUSCADORES” DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL PARA QUE OS ESTRANGEIROS TENHAM UMA BOA IMPRESSÃO DO NOSSO PAÍS. O TEXTO DA MATÉRIA É GRANDE E TRAZ MAIORES DETALHES SOBRE O QUE FOI FALADO.


É INEVITÁVEL AQUI, LEMBRAR DA NOSSA PRÓPRIA “IMPRESSÃO”, AQUELA QUE NÓS, BRASILEIROS, TEMOS DO BRASIL E, PRINCIPALMENTE, DOS CAMINHOS QUE NOS FIZERAM CHEGAR A TAL PANORAMA.


NÃO É DE HOJE QUE CIDADÃOS COMUNS, VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA, MÍDIA FALADA E ESCRITA E ATÉ ALGUMAS MÚSICAS POPULARES VÊEM AFIRMANDO QUE A TAL ORGANIZAÇÃO (SEJA ELA EM AEROPORTOS OU FORA DELES), FRUTO DA PREOCUPAÇÃO DE EDSON ARANTES DO NASCIMENTO EM FUNÇÃO DO MUNDIAL DE FUTEBOL QUE O BRASIL SEDIARÁ ESSE ANO, NÃO SE ENCAIXA NA LISTA DE PRIORIDADES DOS NOSSOS GOVERNANTES. SÃO OS BRASILEIROS OS PRIMEIROS A SEREM PREJUDICADOS PELO CAOS EM AEROPORTOS (DOS 2.498 EXISTENTES NO PAÍS, SÓ 34 SÃO INTERNACIONAIS). SÃO ELES QUE ATRAVÉS DA TV, INTERNET, ETC., TEM REIVINDICADO MELHORIAS NESSE SERVIÇO. PRA NÃO FALAR NA SAÚDE PÚBLICA QUE NOSSOS QUERIDOS TURISTAS ENCONTRARÃO AQUI, POIS, MESMO QUE POSSAM OPTAR POR UM ATENDIMENTO PARTICULAR, É PRECISO TORCER PARA QUE, NO CAMINHO PARA "UM SÍRIO LIBANÊS DA VIDA”, NÃO TENHAM O DISSABOR DE PASSAR PRÓXIMO A UMA UNIDADE PÚBLICA DE SAÚDE. A VERGONHA ALHEIA SERIA SEM PRECEDENTES, UMA VEZ QUE NÃO É NECESSÁRIO ENTRAR PARA CONFERIR AS CONDIÇÕES PRECÁRIAS EM QUE FUNCIONAM ESSAS UNIDADES, DITAS, DE SAÚDE: AS FILAS DO LADO DE FORA NOS OFERECEM UMA VISÃO BEM CLARA DA SITUAÇÃO DO LADO DE DENTRO. FILAS ESSAS, ONDE CONTA-SE SEMPRE COM A PRESENÇA DE PESSOAS DE BAIXA RENDA E, IRÔNICA E EVENTUALMENTE, COM OS CADÁVERES DAS MESMAS.

TOMARA QUE NOSSOS VISITANTES, AO TORCER PARA SUA SELEÇÃO PREFERIDA NA ARENA PERNAMBUCO, EM SÃO LOURENÇO DA MATA, NÃO SEJAM INFORMADOS QUE POR CAUSA DA REFERIDA CONSTRUÇÃO, SE FIZERAM NECESSÁRIAS OBRAS NAS RODOVIAS DE ACESSO E, POR ESSE MOTIVO, SÓ NO ESTADO DE PERNAMBUCO FORAM DESAPROPRIADAS 2000 FAMÍLIAS! PELA URGÊNCIA DO PRAZO PARA O INÍCIO DO EVENTO, MUITAS FAMÍLIAS FORAM DESAPROPRIADAS ANTES DE RECEBER A DEVIDA INDENIZAÇÃO, GARANTIDA POR LEI. INDENIZAÇÃO SOBRE A QUAL, AS FAMÍLIAS DESALOJADAS ESTÃO ENFRENTANDO DIFICULDADES PARA RECEBER, POR QUESTÕES BUROCRÁTICAS DE DOCUMENTAÇÃO DE POSSE DAS ÁREAS. MAS O PIOR NÃO É ISSO: POR APENAS "ALGUNS DIAS DE FUTEBOL", UM IDOSO MORREU VÍTIMA DE AVC DURANTE O PROCESSO DE DESAPROPRIAÇÃO. NÃO SUPORTOU O DESESPERO DE PERDER SUA CASA E SEU TERRENO.

SINCERAMENTE, NÃO VAI DAR PRA TORCER PARA O BRASIL DESSA VEZ... A MEU VER ELE JÁ FOI DERROTADO; MESMO QUE CHEGUE AO ÚLTIMO JOGO E O CAPITÃO DA NOSSA SELEÇÃO (SEJA ELE QUEM FOR) POSSA, AOS PRANTOS, ERGUER UMA TAÇA.

BOM SERIA, QUE A PREOCUPAÇÃO COM UM SETOR DE ATENDIMENTO SOCIAL AQUI NO BRASIL, SEJA QUAL FOR O SERVIÇO QUE OFEREÇA, TIVESSE A ATENÇÃO DO GOVERNO PARA BENEFÍCIO DOS BRASILEIROS EM PRIMEIRO LUGAR; ISSO, EM QUALQUER ÉPOCA, SEDIANDO OU NÃO, UM EVENTO INTERNACIONAL. BOM SERIA, SE PARA EDSON ARANTES DO NASCIMENTO, A MORTE DE UM CIDADÃO TRABALHADOR EM HORÁRIO E LOCAL DE EXPEDIENTE FOSSE SIM, PREOCUPANTE, RELEVANTE, TRISTE. MELHOR AINDA, QUE ESSE SR. EDSON, CONSIDERADO POR MUITOS BRASILEIROS E ESTRANGEIROS COMO REI DO FUTEBOL, DEMONSTRASSE PELO MENOS UMA VEZ NA MÍDIA, ENQUANTO DURAREM ESSAS COLETIVAS DE IMPRENSA REALIZADAS ANTES E DURANTE A COPA, ONDE ELE TEM ESPAÇO SUFICIENTE PARA SE EXPOR COMO PESSOA, À PARTE DO SEU CODINOME, SAÍSSE UM POUCO DA “BOLHA ESPORTIVA” PARA USAR SUA INTERFERÊNCIA EM PROL DO COLETIVO NACIONAL, QUE NADA TEM A VER COM O TURISMO E OS ESTRANGEIROS QUE VÃO “NOS HONRAR” COM SUA PRESENÇA DURANTE OS JOGOS DA COPA.

RECEIO QUE A PREOCUPAÇÃO DESSE CHAMADO 'REI', NÃO VAI TER FINAL FELIZ. RECEIO QUE OS ESTÁDIOS, TANTO OS NOVOS, QUANTO OS QUE ESTÃO SENDO REFORMADOS, ESTEJAM OCUPANDO TEMPO E DINHEIRO DEMAIS DOS NOSSOS GOVERNANTES PARA QUE SE VOLTEM PARA UM PROBLEMA HÁ TANTO TEMPO ESTENDIDO COMO A “BAGUNÇA DOS AEROPORTOS”. RECEIO QUE O CAOS VAI PERMANECER INSTAURADO NELES, TAMBÉM DURANTE A COPA.

DIANTE DISSO, FAÇO VOTOS QUE OS “POBRES TURISTAS RICOS” TRAGAM SACO DE DORMIR NAS DEPENDÊNCIAS DOS LINDOS E BEM EQUIPADOS AEROPORTOS DO BRASIL, PORQUE, CONFORTO SUFICIENTE PARA DESCANSO... NÃO, ELES NÃO SÃO TÃO BEM EQUIPADOS ASSIM.

terça-feira, 8 de abril de 2014

BRASIL: Campeão dos Cargos Comissionados

FALA-SE QUE O BRASIL NÃO É SÓ DESTAQUE NO FUTEBOL, MAS TAMBÉM É CAMPEÃO EM MUITA COISA RUIM. AQUI VAI MAIS UMA: NOMEAÇÃO DE SERVIDORES COMISSIONADOS.
SÃO CHAMADOS DE CARGOS DE CONFIANÇA OU "APADRINHAMENTOS".
ESSAS VAGAS SÃO OCUPADAS NO SERVIÇO PÚBLICO POR QUALQUER UM QUE COMPROVE TER CAÍDO NO GOSTO PESSOAL DE UM CHEFE DE QUALQUER UM DOS TRÊS PODERES. NÃO CONSIDERA FORMAÇÃO ACADÊMICA OU EXPERIÊNCIA NA ÁREA, APENAS O FATO DE SER PRÓXIMO DE QUEM "PODE MAIS".

O MAIS TRISTE É PERCEBER QUE, ALÉM DO NÚMERO EXORBITANTE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NESSA CONDIÇÃO, FAZENDO DESMERECER O SERVIDOR QUE SE ESFORÇOU [MUITO] PARA SER APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO E, ÀS VEZES AINDA PASSA PELO ABORRECIMENTO DE NÃO SER CHAMADO PARA NOMEAÇÃO ANTES QUE SE ESGOTE O PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO PRESTADO, MAIS UMA VEZ, O BRASIL SE ATENTA PARA COPIAR DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS APENAS ENTRETENIMENTO. DIGO, NA EUROPA ISSO NÃO É EXCESSIVO, OS NÚMEROS SÃO MÍNIMOS DE SERVIDORES COMISSIONADOS, AO CONTRÁRIO DO SENADO BRASILEIRO QUE JÁ ULTRAPASSOU O NÚMERO DE COMISSIONADOS CONTRATADOS EM RELAÇÃO AOS EFETIVOS. SURPREENDENTEMENTE [OU NÃO], HOJE, EXISTEM MAIS FUNCIONÁRIOS NO SENADO BRASILEIRO QUE FORAM NOMEADOS POR SEREM CONHECIDOS DA NOSSA [NEM SEMPRE] RESPEITÁVEL CHEFIA DO QUE PESSOAS QUE FORAM APROVADAS EM CONCURSO PÚBLICO.

EMBORA O PRESIDENTE DO SENADO POSSA SER VISTO NO YOUTUBE EM POUCO MAIS DE DOIS MINUTOS DISCURSANDO A RESPEITO DOS CUSTOS QUE TAL ESTATÍSTICA GERA, TRANQUILIZANDO SEUS OUVINTES, AFIRMANDO QUE O SERVIDOR COMISSIONADO CUSTA PARA OS COFRES PÚBLICOS SETE VEZES MENOS QUE O EFETIVO [O QUE É NO MÍNIMO ESTRANHO, UMA VEZ QUE OS CARGOS COMISSIONADOS DETÊM, EM SUA MAIORIA, OS MAIORES SALÁRIOS DE ALGUMAS DAS INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS], NÃO FOI COLOCADO NA EDIÇÃO DO VÍDEO, MAS É INDISPENSÁVEL QUE, NESSE DISCURSO, ELE TENHA CITADO OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E RECONHECIDO QUE A NOMEAÇÃO DE COMISSIONADOS  FERE, NO MÍNIMO, DOIS DELES: DA ISONOMIA E DA IMPESSOALIDADE. SOMOS IGUAIS PERANTE A LEI E TEMOS IGUAIS DIREITOS DE, INCLUSIVE, INGRESSAR EM CARGO PÚBLICO. TAMBÉM NÃO CABE NA PRÁTICA DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO SER 'PESSOAL', DEIXANDO DE "OBJETIVAR O INTERESSE PÚBLICO", COMO EXPÕE O ARTIGO 37 DA CONSTITUIÇÃO.

AQUI NÃO SE PODE EXCLUIR O FATO DE QUE A POSSIBILIDADE DE NOMEAÇÃO DE COMISSIONADOS É LEGALMENTE [E AMARGAMENTE] ACEITA E EXPRESSA NA CF/88. É MAIS UMA, ENTRE AS LEIS QUE FAZEM COM QUE O POVO CLAME POR MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO DO NOSSO PAÍS. TAMBÉM NÃO COMPARTILHO DA CONVICÇÃO DE MUITOS QUE DIZEM SER O FIM DOS CARGOS EM COMISSÃO A SOLUÇÃO QUE PORIA FIM À CORRUPÇÃO NO BRASIL. CREIO QUE A CORRUPÇÃO ESTÁ DENTRO DE CADA UM E QUE PODE SER EXTERNADA INDEPENDENTE DA POSIÇÃO SOCIAL QUE ALGUÉM OCUPE OU DAS PERMISSÕES LEGISLATIVAS DE UMA NAÇÃO.

FATO É, QUE MAIS DE VINTE MIL SERVIDORES NESSE CONTEXTO SÓ NO GOVERNO FEDERAL - PESSOAS QUE NÃO COMPROVARAM ESPECIALIZAÇÃO PARA A FUNÇÃO QUE EXERCEM OU NÃO PASSARAM POR QUALQUER OUTRO PROCESSO DE SELEÇÃO E/OU CONCORRÊNCIA E ATUAM JUNTO COM OS GOVERNANTES ESCOLHIDOS PELOS ELEITORES, NAS DECISÕES E DETERMINAÇÕES ABSOLUTAMENTE RELEVANTES PARA O ANDAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO DO PAÍS - É UM EXAGERO E DEVERIA SER INCONSTITUCIONAL.

sábado, 5 de abril de 2014

"Todo Carnaval tem seu Fim"

[...] "O que os Los Hermanos se esqueceram de dizer é que, apesar de todo Carnaval ter um fim, para o que estão vivos e dispostos a mergulhar nos prazeres da carne, sempre existe um novo recomeço. Quando? 17 de fevereiro de 2015. Aguente firme até lá.
Obs: se não usar camisinha, provavelmente, passará o próximo Carnaval fantasiando um bebê que, através de choro, dirá: “Mamãe, eu quero mamar!”"


Acabo de ler um texto intitulado "Todo Carnaval Tem seu Fim" e me chamou atenção o trecho final dele, que postei acima, não só pelo positivismo que expressa, mas também pelo nível de ignorância em suas afirmações.



Como cristã, eu citaria versículos bíblicos para tirar a "cara de" plenitude de alegria que o texto [inteiro] traz. Certamente não me faltariam argumentos pautados no cristianismo para defender uma vida assim, sem carnaval. E, à luz da Bíblia, eu poderia fazer duras críticas a tudo o que ele provoca, produz e induz, especialmente os jovens do nosso país, a praticar. Baseada na minha fé, a fim de defender o fim dessa festa tão falsamente popular - esclareceu-nos Rachel Sheherazadee tradicional, porém, nada coerente com a realidade de um país que se mostra tão religioso, eu poderia citar a fala do presidente de uma escola de samba chamada "Vai-Vai", que há alguns anos atrás agradecia ao vivo pela TV ao seu pai ogum [palavras dele], certo título conquistado pela sua escola, uma vez que o cristianismo não se identifica em nada com o candomblé. Poderia também lembrar, que os próprios locutores de desfile de escolas de samba, deram o nome a esse feriado de "a maior festa profana do mundo", sendo um dos significados do termo profano: "que desrespeita a santidade de coisas sagradas: ações profanas diante dos preceitos bíblicos.".



Claro... O cristão e o carnaval não combinam mesmo.



Apesar disso, aos não cristãos, basta conhecer ao menos um pouco dos números, não apenas no carnaval, mas do Ministério da Saúde em qualquer época, quanto às doenças sexualmente transmissíveis para saber se realmente, "para os que estão vivos e dispostos a mergulhar nos prazeres da carne, sempre existe um novo recomeço". Nunca li nada que demonstrasse tamanha falta de instrução! Nem vou entrar em detalhes sobre as consequências de uma vida desregrada quanto às satisfações carnais, sejam elas relativas ao sexo, ao álcool ou o que for... Não é necessário.

Quero apenas lembrar, me voltando para as observações feitas ao fim do tal texto, que a falta da camisinha não pode levar apenas a uma gravidez indesejada. Mas, se a não garantia do "recomeço" citada acima é real, também tem a ver com a falta desse chamado "preservativo", que sim, na maioria dos casos imuniza de doenças, mas não impede a alma de se sentir suja ou o corpo de se sentir usado.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Paulo Coelho em "CONTIGO!"

A “CONTIGO!” DE 27/03/14 TRAZ NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA CAPA O SEGUINTE: “PAULO COELHO – AUTOR FALA SOBRE AS TENTAÇÕES QUE LEVAM A MULHER AO ADULTÉRIO”.
ME CHAMOU ATENÇÃO QUE UM ESCRITOR CARACTERIZADO PELA ESPIRITUALIDADE DE SUAS OBRAS, BEM COMO O SUCESSO DE VENDAS DA MAIORIA DELAS, SE INTERESSASSE E QUISESSE PUBLICAR A RESPEITO DE UM ASSUNTO TÃO CORRIQUEIRO [INFELIZMENTE] E LIVRE DE MISTÉRIOS COMO O ADULTÉRIO. MOTIVO PELO QUAL ADQUIRI A REVISTA.

LOGO QUE TERMINEI DE LER A TAL MATÉRIA PERCEBI QUE OS EDITORES DA REVISTA “CONTIGO!” TEM CERTO RECEIO QUANTO AO INTERESSE LITERÁRIO [OU FALTA DE] DOS BRASILEIROS; VALE LEMBRAR QUE AS ESTATÍSTICAS NÃO OS CONTRADIZEM. SIM, POIS O TÍTULO QUE CORRETAMENTE ANUNCIARIA A REPORTAGEM SERIA: “PAULO COELHO – AUTOR DIVULGA SUA MAIS RECENTE OBRA E CONTA NO QUE SE BASEOU PARA A PRODUZIR”; NADA ALÉM DISSO.

NA MATÉRIA DE NELSON LIANO JR., PAULO COELHO NÃO ARGUMENTA SOBRE AS TENTAÇÕES QUE LEVAM A MULHER AO ADULTÉRIO, JÁ NA OBRA CITADA COM INTUITO DE DIVULGAÇÃO, NÃO SEI.
DEIXANDO DE LADO O FATO DE QUE, SEGUNDO A REVISTA, PAULO COELHO FEZ UMA PESQUISA EM REDES SOCIAIS PARA ESCREVER ESSE LIVRO, LUGAR ONDE “QUALQUER PESSOA PODE SE TORNAR QUALQUER PESSOA”, AGUÇOU MINHA CURIOSIDADE A REFERIDA LEITURA.
NÃO DEIXA DE SER UM TEMA RELEVANTE E QUE FAZ PARTE DA NOSSA SOCIEDADE E, MUITAS VEZES, DA VIDA DE CRIANÇAS QUE AINDA NÃO CONHECEM O AMOR HOMEM/MULHER E JÁ CONVIVEM COM AS CONSEQUÊNCIAS DA MÁ CONDUÇÃO DESSE SENTIMENTO [QUE VEJO MAIS COMO UMA DECISÃO] TÃO SUBLIME.

ALÉM DISSO, ME INTERESSA SABER O QUE PAULO COELHO (UM HOMEM CASADO COM A MESMA MULHER DESDE 1981) AFIRMA SOBRE AS TENTAÇÕES QUE LEVAM A MULHER AO ADULTÉRIO, NO CASO DE A NOTA NA CAPA DA REVISTA TER SIDO FIEL AO MENOS À SUA OBRA DE FATO.


Começo

Todo início exige adaptação...

Os inícios não são nada além de um 'será?'.
A ideia desse blog não é persuasiva, embora quase tudo o que se lê tenha peso e validade documental, até nos casos em que não se trata de um documento de fato. A fala é (e tem se tornado cada vez mais) superficial. Mas ao que está escrito é dado um poder maior e um significado mais imponente do que é dado às palavras quando faladas.

Definindo o objetivo, portanto, a intenção é meramente reflexiva. Penso que é o que falta no povo brasileiro nesses chamados tempos modernos: pensar. E, infelizmente, tudo coopera para o agravo dessa deficiência, uma vez que a tão sonhada e profetizada tecnologia pensa por nós.

Então, aqui eu venho pensar por mim e escrever minhas conclusões, na esperança de que seja despertado naqueles que tomarem conhecimento dessa página, a sede pela informação e a ousadia de refletir a respeito dela. Informação que hoje em dia, é tão imediata e acessível quanto tantas vezes descartada como se não fosse nada, como se não fosse tudo que precisamos para crescer enquanto cidadãos e lutar por melhores condições de vida.

Sobre a adaptação: não é só uma questão de tempo, mas também de prática contínua.