Sou pedagoga.
Escolhi a pedagogia, não
simplesmente por reunir os atributos necessários para executar tal função com
excelência ou pelo apreço e interesse que possuo no que tange ao desenvolvimento
cognitivo infantil. Ou seja, não por motivo de carreira somente. Escolhi a
pedagogia, acima de tudo, porque acredito na educação.
Acredito que a educação é o
instrumento que tem o poder de sanar, não alguns, mas TODOS os problemas
sociais que o Brasil, há tantas décadas, vem amargando. Utópico? Talvez. Mas
sigo acreditando.
De uma forma geral, posso dizer
que não acredito em políticos, não acredito em política, não acredito em todas
as igrejas que tem o nome de cristãs, apesar de ser cristã, já há oito anos;
também não acredito em todos os líderes que estão à frente das igrejas cristãs
ou chamadas cristãs, não acredito em todas as ONGs... Enfim. Crer, nesses tais, tempos modernos, é realmente um desafio.
Mas eu creio na educação.
Vivemos num tempo em que podemos
observar e constatar: o mundo passou por mudanças e avançou de forma extremamente
significativa e válida. No âmbito da tecnologia da informação e medicina, não
há o que contestar. Mas, e quanto a condição humana, quantos avanços podemos
contar nela dos chamados tempos antigos até hoje, no empolgante século XXI?
As pessoas tem se deixado levar
pelo passar dos anos como quem se deixa, de fato, ser levado. Sua consciência,
seus princípios, suas crenças e valores tem se esvaído junto com o tempo. Sim,
porque, vício é vício em qualquer tempo, em qualquer época, em qualquer era. A
dependência química é maléfica em qualquer tempo, em qualquer época, em
qualquer era. Fins medicinais? Ainda não assisti a manifestações de médicos em
prol da legalização da tal ‘plantinha’ natural. E, caso aconteça, não penso que
tal reivindicação, juntamente com as motivações da classe de “doutores” dariam suporte para que ela fosse consumida de forma aleatória e frequente por
qualquer pessoa maior de dezoito anos e que seja integrante da classe média
alta.
Digo, será que quem está lutando para
que ela seja liberada, está se lembrando do valor dos impostos que são cobrados
neste país, até no pãozinho da padaria? Quanto mais num cigarro de maconha.
Quanto não passará a valer nos bolsos dos usuários, esse vício? Os menos
favorecidos, economicamente falando, podem começar a planejar furtos de pequeno
e grande porte, se quiserem manter sua cabeça “feita”.
Há discussões das quais jamais pensei ser informada, como sendo concretas dentro das
paredes do congresso nacional. Jamais! Estão impondo (e muito!) vontades,
impulsos e ideologias pessoais, aos princípios de todos. Quando se fala em
legalizar algo, há que se pontuar toda a sociedade, até mesmo as gerações
futuras de tal sociedade. Uma vez que o que se decide hoje, perdura por muitos
e muitos anos. Exemplos na nossa história não faltam.
Mas então, de repente se mostra tão normal que se pense na
liberação do uso, do fumo de uma droga que causa dependência química/psicológica
e ainda, de repente ignora-se seus malefícios, com o simples argumento de que
ela é natural.
Tão natural como a combustão causada pelo álcool em contato
com uma faísca: naturalmente danoso.